quarta-feira, 11 de setembro de 2013

PROJETO ANJO DA GUARDA 2013 - ESCOLA CLASSE 04 DE PLANALTINA

CRIAR JOGOS  EM SALA .


                            Dominó do Alfabeto 




Jogo da Memória feito pelo aluno. utilizando encartes. Projeto Encartes 
                                               GRADE PARA CONFECÇÃO DO DOMINÓ

                                             GRADE PARA CONFECÇÃO DO JOGO DA MEMÓRIA

                                                 Depois que jogamos levamos nosso jogo para casa.
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.514400131984216.1073741835.168759056548327&type=1





quarta-feira, 28 de agosto de 2013

JOGOS EDUCATIVOS - APRENDIZAGEM CRIATIVA


     “O jogo é para a criança um fim em si mesmo, ele deve ser para nós um meio de educar, de onde seu nome jogo educativo que toma cada vez mais lugar na linguagem da pedagogia maternal” (Girard, 1908, p 199).




          É preciso tentar buscar novos horizontes, buscar a coragem dos educandos para dentro da sala de aula. E que a criança possa se sentir querida e privilegiada. O lúdico é uma excelente alternativa.
        Para desenvolver atividades educativas, os professores devem mergulhar no universo das crianças e descobrir o que elas realmente gostam fazer.       


  A brincadeira tem se revelado um dos melhores veículos no processo de uma aprendizagem criativa, isso porque os pequenos se sentem familiarizados a diversão e não se desgastam com a velha teoria da “obrigação de saber. Com os jogos educativos na escola, as crianças adquirem conhecimentos brincando e nem percebem essa evolução. 


A criança através do jogo obtém prazer e realiza um esforço espontâneo
e voluntário para atingir o objetivo do jogo.

 anaclaudiasar@gmail.com


terça-feira, 27 de agosto de 2013

NO JOGO EU APRENDO:

                Criado em 2005, a partir do Projeto Encartes, pela Professora 
Ana Cláudia da Sala de Recursos Forma de Olhar da Escola Classe 04 de Planaltina DF.

   IDADE: 3 anos aos 93 anos

 
DESCRIÇÃO:  Um tabuleiro com números  de 1 a 100, podendo ser feito com números de calendários. Cada número em vermelho, denominado casa na trilha, tem que realizar uma atividade ou missão. Essa missão pode ser variada e criada com a própria turma.

        SUGESTÕES: Para colocar nos bolsinhos: É possível utilizar em todas as disciplinas. Complete a letra; auto-ditado; revisão de provas; ciências; inglês; situações- problemas encartes; o que, o que é?; Soletrando e outras idéias que dependerá da necessidade e criatividade do professor.

PARTICIPANTES:  De 2 a 5 jogadores, utilizar um dado comum e seus marcadores. Iniciar o jogo tirando zerinho ou um, ou quem tirar maior número no dado. Dependerá o grupo escolher essas regras básicas.
    Vence quem chegar primeiro.

        VARIAÇÕES:     NO JOGO EU APRENDO pode ser também um jogo cooperativo se jogado com a turma toda. Cada fila da sala representa uma cor do marcador.  Os alunos daquela fila ou grupo vão revezando a ida ao tabuleiro exposto na frente e ajudados pelos colegas do grupo ao responder. 
Beijos!Professora Ana Cláudia

   http://www.saladerecursosformadeolhar.blogspot.com.br/        anaclaudiasar@gmail.com



terça-feira, 30 de julho de 2013

MENSAGEM PARA O DIA DOS PAIS


Boletim escolar.
Era quarta-feira, 8:00 hs. Cheguei a tempo na escola do meu filho –“Não se esqueçam de vir à reunião de amanhã, é obrigatória” – Foi o que a professora tinha dito o dia anterior.
-“Que é o que essa professora pensa! Acha que podemos dispor facilmente do tempo que ela diz? Se ela soubesse quanto era importante a reunião que eu tinha as 8:30!” Dela dependia uma boa negociação e... tive que cancela-la!
Lá estávamos nós, mães e pais, e a professora começou a tempo, agradeceu nossa presença e começo a falar. Não lembro que ela diz, minha mente estava pensando em como ia resolver esse negocio tão importante, já imaginava comprando aquela televisão nova com o dinheiro.
“João Rodrigues!” – escute desde longe – “Não está o pai de João?” – diz a professora.
“Sim, eu estou aqui” – contestei indo para receber o boletim escolar do meu filho.
Voltei pro meu lugar e olhe. –“Para isso foi que eu vim? Que é isso?” O boletim estava cheio de seis e setes. Guardei rapidamente, para que ninguém veja como tinha se saído meu filho.
De volta pra casa ia aumentando ainda mais minha raiva, cada vez que pensava:
“Mas, se eu dou tudo pra ele, não tem faltando nada! Agora ele vai ver!” Cheguei, entrei a casa, fechei a porta de uma batida e gritei: “Vem pra aca João!”
João estava no quintal, correu para abraçar-me. –“Papai!” – “Nada de papai!” o afastei de mim, tirei o meu cinturão e não lembro quantas vezes bati ao mesmo tempo em que falava o que pensava dele. – “Agora vai pro teu quarto!”
João foi chorando, sua face estava vermelha e a sua boca tremia.
Minha esposa não falou nada, só mexeu a cabeça num gesto de negação e entrou na cozinha.
Quando fui para cama, já mais tranquilo, minha esposa me entregou o boletim do João, que tinha ficado dentro do meu casaco, e diz:
- “Leia devagar e depois pense numa decisão...”

Bem no começo estava escrito: BOLETIM DO PAPAI.

Pelo tempo que teu pai dedica para uma conversa contigo antes de dormir: 6
Pelo tempo que teu pai dedica para brincar contigo: 6
Pelo tempo que teu pai dedica para te ajuda com as tarefas: 6
Pelo tempo que teu pai dedica par te levar de passeio com a família: 7
Pelo tempo que teu pai dedica para te ler um livro antes de dormir: 6
Pelo tempo que teu pai dedica para te abraçar e te beijar: 6
Pelo tempo que teu pai dedica para assistir televisão contigo: 7
Pelo tempo que teu pai dedica para escutar tuas dúvidas ou problemas: 6
Pelo tempo que teu pai dedica para te ensinar coisas: 7

Média: 6,22

As crianças tinham qualificado aos pais. O meu deu para mim 6 e 7 (sinceramente eu tinha merecido 5 ou menos) Me levantei e corri para o quarto dele, o abracei e chorei. Teria gostado voltar no tempo... mas isso não é possível. João abriu os olhos, ainda com os olhos inchados pelas lágrimas, sorrio, me abraçou e disse: - “Eu te amo papai!” Fechou os olhos e dormiu.
Acordemos pais! Aprendamos a dar o valor certo a aquilo que é mais importante em relação aos nossos filhos, já que disso depende o sucesso ou fracasso na suas vidas.
Já pensou qual seria a 'nota' que seu filho daria para você hoje?

Autor desconhecido.


quinta-feira, 6 de junho de 2013

REFLEXÃO DA HISTÓRIA DE CRISTINA SOARES:

          Minha filha Luísa, que tem paralisia cerebral, devia ter uns seis ou sete anos quando a matriculei no ensino regular. Antes passou por algumas escolas especiais, desde a chamada “estimulação precoce”. Tenho péssimas lembranças dessas escolas. A sensação que eu sempre tive foi: “a gente finge que é uma escola e vocês fingem que têm um filho na escola“.
          Crianças “amarradinhas” em suas cadeiras, com milhões de cintos de segurança, superprotegidas, onde é impossível se levar um tombo. E impossível também se desenvolver. Até uma criança sem deficiência não se desenvolveria naquelas condições.
           Silêncio deprimente. Nenhum som de gargalhada infantil. Nenhuma criança fazendo zona.
Um dia, a professorinha me disse: “Ah, eu adoro essas crianças especiais“. Foi como se eu tivesse ouvido “Ah, eu adoro cachorrinhos“. Penso que professora não tem que gostar de criança com deficiência. Professora tem que gostar de (e ter o maior saco com) criança. Tendo ela deficiência ou não.
          Dia seguinte cheguei mais cedo e vi um quadro na parede onde apareciam, num ranking, estrelinhas para cada nome de aluno da classe. Perguntei a professorinha o que era aquilo e ela me respondeu que as crianças ganhavam estrelinhas de acordo com o comportamento.
Por exemplo: se fizessem xixi ou cocô na sala, não ganhavam estrelinhas naquele dia, caindo para os últimos lugares da lista. Aquilo não me cheirou nada bem.
           Não é por meio de competição que uma criança aprende a controlar o esfíncter. Sorte da Luísa que ainda usava fraldas full-time naquela época.
       Aos poucos eu fui ouvindo um mosquitinho que zumbia duas palavras no meu ouvido: “escola comum”.
          E ainda sem saber o tamanho do barulho nem nada sobre leis ou movimento inclusivo, queimei a mufa para decidir. Passei as férias inteiras só pensando nisso. Até que resolvi matricular a Luísa numa escola sócio-construtivista que minha filha mais nova freqüentava.
           Conversa com diretoras, professoras, auxiliar e tal. Luísa matriculada. Na primeira semana me liga a diretora, com voz meiga e gentil:
Sabe o que é… dá pra você mandar um paninho… pra gente colocar na grama. Porque quando as crianças vão para fora da sala e a Luísa vai junto…a grama pinica, fica molhada de sereno.
Eu respondi no mesmo tom meigo e gentil:
Olha… sabe o que é… deixa a Luísa sentir que a grama pinica, que o orvalho molha…
         A diretora ficou muda do outro lado, sem saber como reagir. Este foi o episódio que iniciou minha militância inclusiva.
           A experiência com essa escola foi gratificante, no geral. Logo nos primeiros dias de aula, Luísa voltava para casa com uma expressão diferente. Mais viva! Mais ligada e exuberante. “Cheia de si“, eu dizia na época. Outra criança.
          No fim do ano, infelizmente, tive que mudá-la de escola porque a diretora havia me dito que no próximo ano Luísa não poderia mais ir sem fralda. Estávamos na fase da retirada. Então, volta e meia, escapava um xixi e ela tinha que ser trocada (sofás e carpetes de casa foram para o lixo). Na classe, havia uma auxiliar, que era uma graça e adorava a Luísa. Mas acho que não havia auxiliar na série seguinte (primeira série).
            Para não pôr fim a iniciativa de tirar a fralda (parecia que só eu acreditava que isso seria possível), tive que tirá-la da escola (hoje agiria de outra forma).
Sempre lutando contra a superproteção, agora das escolas regulares, conseguimos praticar a inclusão até bem pouco tempo, quando Luísa, ao completar 13 anos, foi morar durante um período de sua vida com o pai (o que também é um trabalho inclusivo).
Ele, numa opção, a meu ver, retrógrada, matriculou-a em uma escola especial. Só me resta lamentar e torcer para que, vivenciando a situação, ele mude de mentalidade. Tenho feito intensa campanha para que isso aconteça.
         Mas para explicar o título, conto uma passagem da Luísa em uma escola municipal aqui de São Paulo, a Olavo Pezzotti, na Vila Madalena.
O trabalho de inclusão que a professora Rosa vinha fazendo era tão bom que a Luísa se diluía nos meio da muvuca de tal forma que ficou difícil curá-la dos piolhos coletivos.
          Ela era tão abraçada e beijada que os piolhos se reciclavam em sua cabecinha. Eu os exterminava, eles voltavam.
                Sentia ódio daqueles piolhos que nunca iam embora definitivamente. Mas ficava feliz por saber que piolhos só aparecem onde há muitas crianças, de todos os tipos, juntas! Para eles, assim como a meninada da escola teve oportunidade de aprender, criança é tudo criança. Elas se embolam, brigam e brincam. Com ou sem deficiência
Cristiana Soares
cristiana.sr@gmail.com
http://cidadao-pc.blogspot.com